terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Natal...


.

E pronto... Lá se passou mais um Natal!!
Deram-se prendas, receberam-se prendas... passou-se tempo com a famelga...
Eu gostei, foi bom! :))

Espero que vocês tenham tido bons momentos também... ;)
.

P.S. - Estou, oficialmente, de "volta"! :)))
. . . . .Cortesia do pai Natal, que resolveu instalar-me a Net no dia 23! ;)

domingo, 17 de dezembro de 2006

S.A.P.A. ou Marco Paulo versus Coldplay

.

Já pensaram porque é que muitos de nós temos resistência, ou receio, de sermos rotulados de pimba ou de gostar de Marco Paulo?


No outro dia dei por mim a ver, na televisão, um espectáculo do Marco Paulo e a constatar que o fiel entusiasmo que as legiões de fãs demonstram por ele não é assim tão diferente daquele com que eu curto num concerto dos Coldplay
O entusiasmo é o mesmo
A emoção é igualmente intensa
A devoção é igualmente sincera
As letras são cantaroladas com o mesmo entusiasmo
O sentimento de comunhão partilhado por todos os que estão na sala é o mesmo, teimamos é em rotulá-lo de maneira diferente…
E esse síndroma de que geralmente sofremos provém do preconceito, de uma falha educacional e, em ultima análise, da falta de tolerância para com o “outro”.
Mas, afinal… Porque é que nós temos que opinar sobre os gostos dos outros??
Porque é que os criticamos?
Se a vossa prima Cátia Vanessa olhasse para vocês com o mesmo ar de reprovação, ou mesmo de gozo, por gostarem dos Coldplay, U2, ou Sting, o que diriam vocês??
“Sabes lá o que é bom!”??
Pois… Mas quem raio pensamos nós que somos para achar que somos superiores ao ponto de gostarmos de coisas “melhores” que ela?
Virando a mesa ao contrário… ela pode pensar exactamente que o gosto musical dela é que é bom!
E terá razão?
Pondo de lado os casos óbvios, de falta de qualidade vocal ou de composição, existentes em todos os tipos de música, a verdade é que ambos tem razão! Apenas foram educados de forma diferente ou tiveram a sorte, para eles, de serem expostos a determinado tipo de música.
Quando crescemos com determinado gosto musical podemos até aprender a refiná-lo, mas é esse tipo de música que aprendemos a amar.
Quando ligamos o rádio, cantarolamos, assobiamos ou murmuramos aquela musica que nos faz vibrar, que nos faz sonhar com outra realidade, ou mesmo que nos fala de coisas que sentimos e vivemos.
É igual!
Por isso, ao ver o espectáculo dos 40 anos de carreira do Marco Paulo, e apesar de reconhecer que ele não me faz vibrar como fazem os Coldplay, apercebo-me, não sem alguma surpresa, que não sofro de Sindroma Anti-Pimba Adquirido! :)


E tu?

domingo, 10 de dezembro de 2006

I can’t take my mind of you…




A vida é tão estranha
E dá tantas voltas…
Quando eu, ao fim anos,
Realizo algo que, em tempos, me parecia certo
A única coisa que eu consigo fazer é sentir-me mal
Sentir-me triste…

Imagens de ti e dos teus lábios
Do teu corpo…
O cheiro da tua pele…
Assaltam-me o espírito

Porque é que isto tem que ser assim?
Tu és a razão
O porquê…
Não consigo sequer pensar em outros olhos
Sem ver os teus
Saborear outros lábios
Sem sentir os teus
E basta-me apenas ver esse teu sorriso
A maneira como curvas o cantinho dos lábios
O contorno do teu pescoço…
Para me sentir alimentada

Apetece-me gritar
Apetece-me chorar
E queria poder dizer-te que é a ti que eu quero
Que é contigo que eu quero ficar
Acordar, amar…


I can’t take my mind of you…




*Ler ao som de Damien Rice "The Blower´s Daughter" Ou então do video : http://www.youtube.com/watch?v=8ThuXEDvCZk




quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Novo projecto



Olá a todos! :)

Continuo sem ter net em casa e por isso sem poder actualizar o meu blog convenientemente, mas venho convidar-vos a visitar o blog do meu novo projecto profissional!


Chama-se "À Roda das Oleiras" e é um atelier onde eu e duas amigas desenvolvemos os nossos trabalhos em cerâmica.

Dêem uma vista de olhos e deixem-nos a vossa opinião no nosso mail:

http://a-roda-das-oleiras.blogspot.com

a.roda.das.oleiras@gmail.com

Espero que gostem :)

Beijos para todos!

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Tanto tempo...




O sol vermelho mergulha
E, lentamente, afoga-se nas liquidas cinzas do mar
Levando com ele a certeza de mais um dia sem te ver…

Do outro lado da baia
Por entre a neblina
As luzes de Cascais olham-me, timidamente

“Quanto tempo faltará até eu poder matar a minha sede de ti?”

O imenso mar antracite move-se, lentamente…
Mas não me responde
Apenas sopra uma leve brisa para me acalmar e embalar
Eu fico quieta, a senti-la
De olhos fixos no horizonte…
Com o corpo lasso e a mente ausente
Completamente perdida
Algures…
Mas Contigo.



segunda-feira, 11 de setembro de 2006

Five minutes of everything...




.

Sometimes…
Five minutes,
One hour,
One day…
Of everything we ever dreamed of
Is worth a lifetime of memories!


No matter what the world has in store for us...
How many deserts we must cross…

The memory of that special moment will endure forever...
In our minds…
Our hearts…
And our souls.

.

( Para ler ao som de " Five minutes of everything - The Gift" )

Foto gentilmente cedida por Nuno Lourenço
http://nunoaovivo.blogspot.com/

.

domingo, 3 de setembro de 2006

Correcção...

E pronto... O título deste espaço já se encontra ortográficamente correcto! ;)

A gerência agradece ao Herculano pela chamada de atenção! :)



Aproveito igualmente para informar que estou com algumas limitações de acesso à net... :S
Não estranhem se me notarem mais ausente...

Eu vou aparecendo... :)

Beijos para todos!

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Aprender e partilhar...





"Para ser o que sou hoje, fui vários homens... e, se volto a encontrar-me com os homens que fui, não me envergonho.
Foram etapas do que sou...
Tudo o que sei, custou as dores das experiências.
Tenho respeito pelos que procuram, pelos que tacteiam, pelos que erram.
E, o que é mais importante, estou persuadido de que minha luz se extinguiria se eu fosse o único a possui-la."

Goethe

domingo, 13 de agosto de 2006

A importância de sorrir…


Hoje tirei o dia para fazer algumas coisas que faz tempo queria fazer:
Actualizar a minha listagem de Blogs…
Actualizar o meu perfil
Personalizar um pouco mais o Blog
Postar…

Foi uma tarefa árdua… devo dizer que a lista de blogs me levou mais de dois dias a actualizar! Lol
Fazia tempo que o queria fazer e tinha que confirmar todos os que já tinha listados, retirar os que estavam inactivos, e introduzir outros tantos!
Depois foi a vez do perfil… lá introduzi mais uns elementos, para que possam conhecer um pouco mais da “face oculta”.
Mais rápido foi personalizar o blog… queria fazer mais, mas a linguagem html ainda é um mistério para mim, lol.

Agora quanto ao que queria postar aqui hoje… é apenas uma questão que vem na sequência de algumas perguntas relacionadas com os meus últimos posts…
Alguns de vocês acham que aquilo que escrevo, independentemente da maior ou menor sensibilidade que possa transparecer, denota um sentimento algo melancólico, de perda, ou solidão…
É verdade que algumas vezes foi isso que se passou.
Mas queria esclarecer que a maioria dos “poemas” que publiquei aqui já têm alguns anos e portanto não ilustram uma situação actual.
Optei por não colocar as datas dos mesmos porque achei que eles valiam pelo assunto de que falavam, e não pelo momento temporal em que foram criados. ;)
Mas achei que vos devia essa explicação…
Quase todos estes poemas já foram publicados antes, mas aqui a abordagem foi diferente, pois tentei associar uma foto a cada um deles. Tenho gostado do resultado. :))
Tenho mais para postar, muitos já com foto escolhida, e outros em que ainda estou a trabalhar… mas quero ver se tenho mais disponibilidade para colocar aqui o que era minha intenção quando iniciei este blog: textos de reflexão sobre temas que me despertam o interesse.
Tenho alguns alinhavados, mas tem-me faltado oportunidade de os terminar…

Bom… concluindo o assunto que me trouxe aqui hoje: Não ando melancólica nem triste! :)
Sou uma pessoa básicamente positiva e alegre e, apesar de estar numa fase profissional complicada, acho que não há nada melhor do que enfrentar as coisas com um sorriso!
As coisas parecem sempre melhores… :))

Não acham?? ;)


.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Voltei... :)



Aqui estou eu, regressada das minhas curtas mas fantásticas férias!!



Estive numa praia quase deserta

Em boa companhia


E aproveitei para relaxar

Dormitar


Meditar…

Colocar os pés no chão

O mundo em perspectiva



E voltar mais em paz! :)

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Altas horas



É sempre assim quando fico acordada…
Dou voltas e voltas,
Sinto cores e odores
E penso…
Penso em ti,
Penso em nós,
Tento sentir o que não consigo
E tento esquecer aquilo que sinto.
Eu sei que é tarde,
Tarde demais…
Ele já lá está.
Senti-o chegar de mansinho,
Crescer todos os dias,
Até doer, até estalar.
Até conseguir que eu seja a última a adormecer.
Porque é sempre assim,
Eu fico acordada, a pensar…


segunda-feira, 10 de julho de 2006

Soubesses tu...



® Rui Vale de Sousa



Soubesses tu…
Perdido nesse teu mundo, sozinho
Que alguém te tem amor
Que tudo aquilo que procuras
Vagueando de olhos vendados
Te passa mesmo ao lado
Porque insistes em não querer ver
Insistes em não estender mão
Agarrar aquilo que queres
E que tão desesperadamente procuras
Soubesses tu
Qual a extensão deste sentimento
E destaparias os olhos..
Então, dar-te-ia a mão…
E levar-te-ia a visitar esse mundo
Do qual só conheces uma ilha
De onde tens medo de partir
À descoberta dos continentes que te esperam
Para além do mar!




quarta-feira, 5 de julho de 2006

Por ti...




Agosto, 1985…
Sim, queria voltar a ter 15 anos…
E ao mesmo tempo, não queria…
Voltar atrás
ter de esperar tantos anos para te conhecer…
É certo que teria o mesmo nome
e, coincidência, o mesmo apelido..
Mas não te teria a ti!
Seria outro homem e não tu…
Teria outro sentimento, mas não este…
Eu sei que já tinhas passado por mim,
mesmo antes do outro…
Mas não me tinhas tocado…
Eu não te tinha visto,
nem sequer beijado
Não tinha sentido o teu perfume,
nem o gosto da tua pele
Agora é-me difícil voltar atrás…
Imaginar-me sem ti…
Trocava de boa vontade este sol que me queima a pele
Pelos teus lábios, mornos, a roçarem-me a nuca
Esta brisa, quente, pelo teu sussurro no meu ouvido
Este fato de banho pelas tuas mãos hesitantes
Toda esta paz, pelo tumulto do teu corpo
Todo este mundo..
Por ti !

domingo, 2 de julho de 2006

Noites assim...




É nestas noites em que estou aqui, sozinha
Que se torna mais insuportável a tua ausência
Olho em volta e todos os objectos me fazem lembrar-te
Todos eles me provocam saudades
Deito-me, e sinto o impossível calor da tua pele…
Encosto a cabeça na almofada
E logo o teu perfume me faz arrepiar até ás lágrimas
Dói-me esta saudade…
Não suporto mais viver na tua ausência
Preciso de ti ao meu lado
De saber que te vou ver no final de cada dia
Porque, assim, os meus dias não tem sentido
As minha horas são inúteis, vazias
A minha vida só tem sentido quando é partilhada contigo
Não há nada melhor no mundo que poder olhar-te nos olhos
Sentir as tuas mãos no meu corpo
Os teus lábios nos meus
E ter,
Ao final de cada dia
O teu corpo a embalar-me o sono…

domingo, 25 de junho de 2006

Melides


Aqui, onde a areia transborda
fico deitada, entre o sono e a preguiça
O mar embala-me na saudade
E encharca-me de sons familiares
O sol aquece-me a pele de sorrisos
E o vento sussurra-me, vezes sem conta
palavras que nunca esquecerei
Cada onda do mar…
Cada brisa que passa…
São sorrisos, vozes, olhares
Alguns deles são teus
Mas já fazem parte de mim
Assim como todos os outros que me flutuam no espírito
Aqui, finalmente, estou em paz
A lua não tarda a fazer-me companhia…
E eu vou acender uma fogueira
para ver o fogo e o vento a brincar

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Pecado

Olho-te de longe..
Teu corpo pede o meu,
O desejo acende-me a pele
Aproxima-me de ti...
Teu olhar tortura o desejo,
Hoje sou fogo... Tu pecado!
Vou... Toca-me e sente!
O meu corpo a despertar,
A volúpia no olhar...
Sente como o meu corpo te queima!
És paixão… eu, só tesão!
Quero-te aqui... Já!
No chão frio, no espaço infinito.
Arde em mim, dança no meu peito,
Baila só para mim,
Com esse corpo de Deusa
Queima-me o corpo que já só sente
Na urgência de te ter e possuir…
De te fazer vibrar, gemer, vir
O céu é o nosso limite,
As tuas mãos o meu rumo...
Dá-me essa língua,
Desliza contra mim...
Descobrindo-me a pele
Num trilho descendente…
Até me aprisionares na boca
De carnudos lábios cereja
Que me fazem perder o norte,
Atingir o limite
E desaguar em ti



By Volupia e Ares

sexta-feira, 9 de junho de 2006

Ai o calor...

Estava eu aqui, cheia de calor quando encontrei este site.....

Achei piada... ;)

Fiquei logo a pensar em caipirinhas e tal....

Nunca mais chegam as FÉRIAS!! :D






Para quem estiver interessado.... http://www.cachacavolupia.com.br/historia.html
Tenho tido dificuldades em ter acesso à net, por essa razão e também por razões profissionais não tenho postado... sorry... conto voltar a postar este fim de semana! :)

Beijos para todos!

quarta-feira, 17 de maio de 2006

As relações amorosas

Ontem dei comigo a pensar sobre um assunto que me tem surgido, pelas mais variadas razões, repetidas vezes ao longo destes últimos anos: as relações amorosas.

O que é que nos faz apaixonar?
Podem ser as mais variadas razões… o amor está longe de ser uma ciência exacta. As variáveis são imensas e tão subtis que não há duas iguais.
Quantos de nós não se apaixonaram por um olhar, uma maneira de andar, um sorriso ou por algum traço de personalidade?
Aquilo que nos atrai para outra pessoa pode ser tão simplesmente uma característica física, algo na sua personalidade que nos é apelativo ou ser, como às vezes costumo dizer, uma questão de “pele”.
Pode ser até o facto de estarmos carentes e necessitarmos desesperadamente de alguém que nos faça sentir amados.
Uma coisa é certa: existe, quase sempre, a tendência para se acreditar que encontrámos alguém “perfeito” para nós.

Mas, afinal o que procuramos numa relação?
Basicamente, aquilo que se costuma designar como encontrar a cara-metade.
Ou seja, encontrar alguém que tenha algo a ver connosco, seja porque é parecido ou porque é, precisamente, o nosso oposto mas nos complementa.
Alguém com quem possamos nos abrir e que nos aceite como somos.
Alguns procuram alguém com quem dividir as pequenas coisas do dia-a-dia, outros apenas a satisfação de desejos mais carnais.
Os mais práticos, procuram objectivamente, a satisfação de outras necessidades:
- Elas procuram alguém que pague as despesas ou que lhes proporcione uma vida mais desafogada, um pai para os filhos ou apenas alguém que lhes faça companhia.
- Eles procuram alguém que cuide deles, da casa, dos filhos e que, de preferência, também os possa satisfazer na cama.

O que nos faz manter uma relação?
Basicamente sentirmo-nos bem quando estamos com o nosso companheiro.
Sentirmo-nos amados, apreciados, desejados, respeitados…
Sentir que gostam de nós por aquilo que somos e que, apesar de saberem que temos defeitos, gostam de nós mesmo assim.
Em suma, estarmos felizes
Claro que isto é o desejável. O que deveria acontecer.
Muitas vezes, mais do que pensamos ou mesmo admitimos, a realidade é bem diferente…
Estamos com alguém pelo simples facto de não querermos estar sozinhos, ou porque temos medo de o estar.
Às vezes temos medo de não encontrar outro alguém, que seja melhor do que o companheiro actual ou falta-nos a paciência para começar tudo de novo, especialmente em relações de longa duração. Acabamos por nos acomodar.
Frequentemente temos a ilusão de que a outra pessoa vai mudar e, então, tudo vai correr melhor.
Às vezes protelamos tomar uma decisão por termos medo do que a outra pessoa poderá tentar fazer… desde a tentativa de suicídio, à violência física, passando por variadas formas de vingança.
Em casos mais complicados temos a questão dos filhos e aí existem outro tipo de questões a ponderar, inclusive legais e monetárias, que podem tornar uma separação bastante difícil.

Há um sem número de possibilidades e, em todas, elas existe uma questão básica a ser colocada: “Somos felizes assim?”
Muitas vezes somos levados a dizer que sim, sem analisar a questão a fundo, simplesmente porque temos medo de ver as coisas como elas são.
A verdade pode ser demasiado incómoda ou dolorosa mas às vezes é tão evidente que não nos deixa margem para dúvidas apesar de nos recusamos a admiti-la.
Em todo o caso, é sempre bom fazermos uma introspecção para compreendermos o que está bem e o que está errado…

Mas, como é que sabemos se uma relação está condenada?
Podemos sempre aprender algo com cada relação, com os erros que vamos cometendo, mas principalmente não há que ter medo da verdade…
Se tivermos coragem de analisar a nossa própria situação (fácil é analisar a dos outros) e descobrirmos que, apesar de todos os esforços, não há maneira de haver mudanças satisfatórias para que ambos sejam felizes, então o único caminho é a separação. Quanto mais cedo melhor e antes que se entre numa rotina tal que seja complicado cada um seguir o seu caminho. Isto porque quando duas pessoas discutem, sempre pelas mesmas razões, sem o conseguir evitar, e insistindo em opiniões divergentes, as hipóteses de se chegar a uma solução pacífica são quase nulas. A não ser que um dos dois se “anule” em favor do outro e isso, convenhamos, não faz ninguém feliz.
É obvio que uma pessoa que não nos dá valor nunca nos vai respeitar, assim como outra que usa de força física para fazer valer o seu ponto de vista nunca vai passar a nos respeitar mais por isso.

Mas então como podemos avaliar se vale a pena manter uma relação?
Às vezes nem mesmo os filhos devem ser uma razão para manter uma relação falhada.
Ninguém sai a ganhar e os filhos crescem numa casa onde os progenitores não se entendem, apenas se suportam, ou estão juntos por “questões práticas”…
As crianças não são parvas e sentem o que se passa… e, acreditem, não são mais felizes assim.
Existem muitas maneiras de duas pessoas civilizadas manterem uma relação cordial e educarem os filhos em comum, apesar de estarem em casas separadas, basta centrarem-se no bem-estar dos filhos.
É claro que cada um sabe o que é capaz de suportar …
Muitos preferem abdicar de refazer a sua vida amorosa, em prol de poderem acompanhar mais de perto o crescimento dos filhos, coisa que não fariam saindo de casa. Estão no seu direito.
Isto é, de facto, uma equação com muitas variáveis e cada um sabe o que é que o faz mais feliz.
Mas, basicamente, só vale a pena mantermos uma relação quando as duas partes fazem, de facto, um esforço para que o outro seja feliz.

Quando compreendemos que não somos felizes e que a relação está perdida, o melhor é terminar tudo o mais depressa possível
Quanto mais tempo prolongarmos uma relação condenada, maior a possibilidade de os dois saírem de costas voltadas e maior a possibilidade de ambos saírem magoados.
É tão simples quanto isso. Pode ser fácil de dizer mas a verdade é que temos que ser objectivos e encarar o touro de frente.
Para quê prolongar as discussões e a agonia de não ver mudanças ou a infelicidade de achar que merecemos algo diferente?
Afinal, quando menos esperamos pode aparecer alguém que, de facto, pode nos fazer feliz!
Existe, de facto, uma metade para cada laranja! ;)

Mas não pensem que eu sou assim tão fria que analise as minhas relações à lupa e que, só porque encontro algo errado, parto para outra.
Pelo contrário.
Tendo a firme convicção de que não há relações perfeitas, compreendi que tenho que me esforçar, cada dia, para tornar o meu companheiro feliz
Nem sempre fui assim…
Apesar de me esforçar (admito que nem sempre da melhor maneira) e de achar que bastava isso para que as coisas dessem certo, tinha a ilusão que as coisas podiam ser perfeitas.
Nunca o são.
Podemos é esforçarmo-nos para que as coisas corram o melhor possível, encontrando soluções para que ambos estejam felizes.
E o diálogo é uma condição essencial.
Deixem-se de tretas do estilo “será que ele me vai achar esquisita/o?” ou “será que me vai achar paranóica/o?” ou “há certas coisas que não se contam a ninguém”...
Claro que ninguém é obrigado a “despejar” tudo o que pensa em cima da sua cara-metade mas, porquê esconder?
Não será muito melhor ter a possibilidade de poder confiar no outro e de sermos compreendidos?
Temos o direito de ser amados por aquilo que somos!
Não é obrigatório ter os mesmos pontos de vista, temos é que aprender a defender os nossos e a aceitar que os do outro podem ser diferentes!
Uma relação cresce imenso com esse diálogo.
Há que investir, basicamente, numa entrega incondicional e, acima de tudo, no respeito mútuo.
Manter uma relação satisfatória dá trabalho… a boa noticia é que quanto mais nos esforçamos, mas fácil se torna, maior é a sintonia. :)


Já me alonguei mais do que previa… a intenção era partilhar aquilo que tenho observado, mas gostava também de saber os vossos pontos de vista… de saber o que é que pensam sobre o assunto… pode ser? ;)

quinta-feira, 11 de maio de 2006

O que é que eu estou aqui a fazer?

Isto poderia ser uma pergunta meramente existencial, mas não é o caso. Apenas me estou a referir à minha participação no mundo Bloguístico.

Nunca me tinha disposto a enveredar pela abertura de um blog apesar de ser frequentadora assídua de blogs de amigos meus e de, muitas vezes, descobrir outros igualmente interessantes enquanto navego.
Isto dos blogs, afinal, não é um mundo... É um universo, com milhares de galáxias! Os seus temas são tão variados quanto as pessoas que os publicam e eu gosto de descobrir outras maneiras de pensar, por isso às vezes dedico-me à pesquisa. Não me tenho dado mal.

Ontem, por sugestão de um amigo meu, fui visitar um novo blog e dei comigo a pensar: “não sei porque resisto a publicar um blog…”. A resposta é simples: nos últimos anos publiquei centenas de textos num fórum (onde ainda sou moderadora) que agora está quase “morto” e percebi que o que me motiva a escrever não é “despejar” o que penso como se de um diário se tratasse (isso posso eu fazer com um caderno ou um ficheiro no meu computador e daria muito menos trabalho). O que me motiva a escrever na net é o Feedback e a troca que daí pode advir. Ora, eu achava que neste momento não sentia a mesma capacidade para me dedicar à escrita…

Mas a verdade é que sempre que dedico algum tempo a escrever ou a anotar coisas sobre aquilo que penso acabo por, inevitavelmente, aprender com isso. Porque quando, tempos depois, leio o que escrevi, apercebo-me das mudanças e daquilo que se manteve. Das certezas que encontrei e das ilusões que tinha. E, então, passo para um “degrau superior”, evoluo um pouco. E isso (evoluir) é o que me move, o que me desafia (preferencialmente dia-a-dia), a ser mais “eu” e mais aquilo que quero, de facto, ser.
Assim, de estágio em estágio, vou construindo um puzzle que vejo em sonhos e que quero que faça sentido, hopefully, antes de passar desta para outra etapa do meu caminho.
Ora, muitas pessoas tem tido uma importância fulcral nesse propósito. Algumas delas já não se encontram entre nós, mas a sua luz faz parte de mim. Outras passeiam, algures, por este planeta, mas as nossas vidas já fizeram o trabalho que tinham para fazer em conjunto. Outras ainda, com maior ou menor frequência, fazem ainda parte do meu quotidiano e eu continuo a beber da sua fonte. A aprender com elas, cada dia, um pouco mais sobre mim. E a todas elas eu agradeço.
Algumas nunca devem, sequer, ter tido a noção da importância que tiveram na minha vida, mas isso não é o importante. O que importa é que elas existiram e que mudaram algo em mim.
E essa mudança precipitou-se numa noite em que eu, por acaso, estava em frente ao meu pc, e me lembrei que já tinha net.
Comecei a navegar.
Quatro anos depois aqui estou eu, com milhares de horas de conversa em chats, msn, cafés, jantares, fóruns… you name it.
E o facto é que este fenómeno da net foi o responsável por uma viragem de 180º na minha vida.
Pondo de parte certas questões mais práticas, o facto é que acabou por mudar a minha maneira de ver as coisas. A minha reacção perante os outros. A minha maneira de me ver. A minha abertura para tudo o que me envolve, e, inclusive, o meu estado civil.
O curioso é que, apesar de todas as coisas boas e más que vivi, não me arrependo de nada. Porque aprendi muito e de tudo tirei conclusões.
Não vou dizer que ter vindo à net me tornou em outra pessoa porque a verdade é que apenas me tornou mais “eu”.
Hoje não tenho medo de assumir aquilo que sou e de falar sobre isso porque tenho a convicção que as pessoas de quem eu gosto têm que gostar de mim como eu sou, apesar dos meus defeitos ou daquilo que penso.
Há que aceitar o outro como ele é. Mesmo achando que ele age de uma maneira que nós nunca agiríamos, ou que tem alguma ideia que nos parece absurda ou antagónica à nossa.
É assim que eu acho que tem que ser.
Claro que é o que eu penso. Aprendi a aceitar que ninguém é obrigado a concordar comigo e vice-versa.
Apenas que se deve aprender a ouvir.
Onde menos se espera podemos encontrar algo que até faça sentido.
Eu tenho tido a sorte de ter encontrado aqui pessoas que “gastaram”um pouco do seu tempo comigo, e inclusive, contra muitas expectativas, tenho a sorte de poder chamar muitas delas minhas amigas.
Pessoas que eu espero nunca desapareçam da minha vida, até porque eu sei que, mesmo que se afastem, nunca as vou esquecer.
Porque foi com elas que eu descobri os meus limites, ou a falta deles, porque foram elas que me desafiaram a ser mais e a querer mais. E me fizeram procurar ver sempre o outro lado da questão. Foram pessoas que me mostraram partes de mim que eu nem sabia que existiam. Pessoas que se espelharam em mim e de quem eu fui o espelho. Que me mostraram, implacavelmente, aquilo que sou, sem vaselina ou paninhos quentes e que me disseram o que eu tinha que ouvir.
Que me fizeram percorrer, literalmente, centenas de kilometros à procura de respostas.
Pessoas que me fizeram ser capaz de mostrar tudo isto que sou.
Que me mostraram mais sobre a amizade, sobre o amor, o sexo e sobre a verdade das coisas.

Tudo o que vivi foi útil, nem que fosse por ter tomado consciência de onde errei, e ontem senti vontade de continuar a investir nessa troca…

Vai daí, e como nada se consegue sem se dar o primeiro passo, aqui estou… à espera que este seja um espaço onde as mentes conscientes possam trocar ideias, sem preconceitos, receios ou timidez.

As vossas participações são desejadas e sem elas isto não faz sentido. Como já disse, se quisesse só reler o que escrevo não o publicaria aqui.
Fico à espera dos vossos comentários, mesmo que seja para me corrigir ou discordar. Complementem com textos vossos… sejam construtivos.

“Somos a soma de todos os momentos que vivemos”…

Façam o favor de entrar! :)




quarta-feira, 10 de maio de 2006

O primeiro dia... :)

Maio é um mês de recomeço, renascimento...
Hoje nasço, aqui.
Só espero ter o tempo suficiente para dedicar a este novo desafio :)
Até breve!